Venâncio Mondlane: “Além de buzinar os carros, vamos entoar hino nacional durante 25 minutos e tudo deve parar”
Venâncio Mondlane actualiza plano para as manifestações de sexta-feira
Escrito por: Jeremias Gotine
O candidato presidencial do partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, revelou os detalhes da agenda das manifestações marcadas para amanhã, sexta-feira, encerrando a segunda fase da quarta etapa das mobilizações contra as recentes eleições gerais e em memória das vítimas das manifestações.
Entre os destaques das actividades planeadas, está a paralisação do trânsito às 12h. Durante quinze minutos, veículos devem parar enquanto buzinas ecoam pelas ruas, e os peões levantam cartazes com mensagens de protesto. Este acto simbólico pretende chamar a atenção para as preocupações do movimento.
Já no início da tarde, às 13h, está prevista uma paralisação total das actividades por 25 minutos. Durante esse momento, os manifestantes serão convidados a entoar o hino nacional, num gesto de união e patriotismo, mostrando que as reivindicações transcendem questões partidárias.
Mais tarde, às 21h, as paneladas, que se tornaram uma marca registada das manifestações, voltam a ganhar destaque. Os organizadores incentivam os cidadãos a fazerem barulho, usando panelas e outros utensílios, para amplificar as suas vozes e exigir mudanças no panorama político nacional.
O encerramento desta fase das manifestações será marcado por uma vigília especial, que terá início às 23h e se estenderá até às 2h da madrugada. Durante este período, será feita uma reflexão sobre a “revolução” que Mondlane tem promovido, bem como uma homenagem às vítimas que perderam a vida durante os protestos.
Estas acções, segundo o líder do PODEMOS, são essenciais para manter viva a luta pela democracia e pelos direitos humanos. Mondlane sublinhou que o foco das manifestações é pacífico e que espera uma adesão massiva da população para reforçar as reivindicações junto das autoridades competentes.
O clima político tem estado tenso nas últimas semanas, com as eleições gerais a gerarem debates acalorados e acusações de irregularidades. A oposição, liderada por Mondlane, tem insistido em pedir justiça e responsabilização pelas mortes ocorridas nos protestos.
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