Mambas desistem da eliminatória ao CHAN-2025 devido às manifestações

Mambas fora do CHAN: insegurança força desistência, confirma o Jornal O País

Escrito por: Jeremias Gotine

A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) decidiu desistir da eliminatória única que poderia levar os Mambas à sua terceira participação no Campeonato Africano das Nações (CHAN), programado para Fevereiro de 2024 no Quénia, Uganda e Tanzânia. A informação foi apurada pelo Jornal O País e confirmada pelo presidente da FMF, Feizal Sidat.

Segundo Sidat, a decisão foi motivada pela situação de insegurança vivida no país, especialmente em Maputo, devido às manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições de Outubro. O clima instável comprometeu tanto a preparação da selecção como a organização do jogo, inicialmente agendado para 22 de Dezembro no Estádio Nacional do Zimpeto.

Com a desistência dos Mambas, a Zâmbia (Chipolopolo) garantiu automaticamente a qualificação para o CHAN-2024. Na região austral de África, restam agora duas eliminatórias: Eswatini enfrenta Madagáscar, enquanto Angola mede forças com Lesotho para definir os outros representantes.

De acordo com o Jornal O País, a logística do jogo também estava longe de ser concluída, agravada pela instabilidade política. A FMF considerou que não havia condições de segurança nem estrutura suficiente para garantir a realização da partida.

Além de Moçambique, países como Tunísia, Argélia, Egipto e Líbia também desistiram do CHAN-2024. Este torneio é dedicado exclusivamente a jogadores que actuam nas ligas internas dos respectivos países.

O Jornal O País destacou ainda que os anfitriões Quénia, Uganda e Tanzânia, bem como o Marrocos, já têm vaga garantida. Outras eliminatórias ainda estão em disputa nas várias regiões do continente, como Burundi vs Uganda, Congo vs Guiné-Equatorial e Gana vs Nigéria.

Esta decisão marca um duro golpe para os Mambas, que esperavam voltar a brilhar no torneio. Contudo, a FMF reforçou que, diante do cenário actual, a segurança dos atletas e equipas técnicas prevalece sobre quaisquer aspirações desportivas.

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