Hot Blaze chora a mortɛ do Blogueiro Mano Shottas balɛado numa live em Ressano Garcia
Morte trágica de Mano Shottas levanta debate sobre liberdade de expressão e segurança em Moçambique
Escrito por: Jeremias Gotine
A morte do blogueiro moçambicano Mano Shottas, ocorrida em Ressano Garcia durante uma transmissão ao vivo, gerou uma onda de comoção nacional e reacendeu debates sobre os limites da liberdade de expressão e a segurança de comunicadores independentes em cenários de conflito.
Mano Shottas estava a registrar uma situação de tensão entre civis e agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) quando foi fatalmente atingido por disparos. O uso de gás lacrimogéneo e balas durante a manifestação expôs a gravidade do confronto e trouxe questionamentos sobre a abordagem das autoridades em relação a protestos sociais.
Nas redes sociais, personalidades como o cantor Hot Blaze lamentaram profundamente o ocorrido. Numa publicação emotiva, Hot Blaze escreveu:
“Eras um jovem como eu e tantos outros que tinha sonhos, e viste os teus sonhos serem tirados de ti só porque seguravas um telemóvel na mão. O teu vídeo foi a situação mais triste que vi nos últimos anos da minha vida.”
O cantor destacou a luta de Mano Shottas para se afirmar como artista e o impacto da sua perda para a sua família e comunidade. Hot Blaze também prometeu apoio à família do blogueiro:
“Meus profundos sentimentos e podem contar comigo no que eu conseguir ajudar como pessoa e um irmão.”
A trágica morte de Mano Shottas expõe uma série de preocupações, desde a segurança de jornalistas e blogueiros até o uso da força por parte das autoridades em situações de manifestação. Para muitos, o caso é um reflexo das dificuldades enfrentadas por comunicadores que se esforçam para denunciar injustiças e documentar a realidade do país.
O incidente deixa em aberto questões urgentes sobre direitos humanos, liberdade de imprensa e o papel das autoridades em proteger, e não reprimir, os cidadãos que exercem seu direito à informação. Enquanto a sociedade moçambicana reflecte sobre o impacto desta perda, cresce o apelo por maior protecção aos que se atrevem a dar voz às comunidades.
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