Daniel Chapo é o Novo Presidente de Moçambique

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou esta quinta-feira (24) que Daniel Chapo, candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), venceu as eleições presidenciais de 9 de Outubro de 2024 com 70,67% dos votos. Venâncio Mondlane ficou em segundo lugar na corrida, com 20,32% dos votos, tendo obtido o seu melhor resultado em Maputo Cidade e ficando à frente do seu antigo partido, a Renamo, que acaba estas eleições com a sua pior votação de sempre em eleições, com 5,81% dos votos.

Segundo a CNE, Venâncio Mondlane conquistou 1.412.511 votos, correspondentes a 20,32%, seguido de Ossufo Momade, com 403.591 votos (5,81%), e Lutero Simango, que obteve 223.065 votos, 3,21% do total.

Chapo sucede a Filipe Nyusi e torna-se o quinto Presidente da República de Moçambique naquelas que são as sétimas eleições gerais no País.

No entanto, apesar do anúncio oficial, os resultados ainda não são definitivos, uma vez que o Conselho Constitucional deverá validar os mesmos após a análise de processos judiciais que estão em curso e que poderão influenciar o apuramento final. O bispo Carlos Matsinhe, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), sublinhou que “há processos judiciais a decorrer que necessitam de uma análise cuidadosa antes da confirmação final dos resultados”.

Chapo e Frelimo vencem em todas as províncias. Mondlane atinge melhor resultado em Maputo

Os resultados oficiais apresentados pela CNE mostram que Chapo obteve uma margem expressiva de votos em várias províncias. Na cidade de Maputo, o candidato do Frelimo conquistou 53,68%, enquanto Mondlane ficou em segundo lugar com 33,84%. Ossufo Momade seguiu com 9,62% e Lutero Simango, do MDM, alcançou 2,86%.

Na província de Maputo, Chapo obteve uma vitória expressiva, com 68,02%, seguido de Mondlane, que obteve 27,04%. Momade e Simango ficaram com 2,5% e 2,45%, respectivamente.

Gaza mostrou-se um bastião para Chapo, que conquistou 84,59% dos votos, enquanto Mondlane obteve 11,47%. Momade e Simango tiveram resultados modestos, com 1,61% e 2,33%.

Na província de Inhambane, Chapo também saiu vitorioso, com 73,16%, seguido de Mondlane com 19,86%. Momade e Simango obtiveram 3,68% e 3,31%.

Na província de Sofala, Chapo obteve 65,54% dos votos, seguido de Mondlane com 24,27%. Momade conseguiu 3,25% e Simango, 6,94%.

Em Manica, o candidato da FRELIMO conquistou 66,71% dos votos, à frente de Mondlane, que obteve 24,65%. Momade registou 6%, e Simango 2,64%.

Na província de Tete, Chapo foi o vencedor com 84,42% dos votos, seguido de Mondlane com 10,84%. Momade teve 2,91% e Simango 1,83%.

Na Zambézia, Chapo obteve 73% dos votos, seguido de Mondlane com 14,17%. Momade e Simango conseguiram 9,82% e 3%, respectivamente.

Em Nampula, Chapo venceu com 59,58% dos votos, seguido de Mondlane com 25,59%. Momade obteve 11,17% e Simango 3,67%.

Na província de Cabo Delgado, Chapo obteve 65,81%, à frente de Mondlane com 22,64%. Momade registou 7,56% e Simango 3,99%.

Em Niassa, Chapo conquistou 68,95%, seguido de Mondlane com 18,51%. Momade teve 8,95% e Simango 3,59%.

Entre os eleitores da diáspora em África, Chapo também teve uma vitória clara, com 89,16% dos votos, seguido de Mondlane com 6,24%, Momade com 2,05% e Simango com 2,55%.

Nos votos da diáspora, Chapo conquistou 50,46%, com Mondlane logo atrás com 47,8%. Momade e Simango ficaram com 1,01% e 0,72%, respectivamente.

Contestações e Resultados Preliminares

A oposição, liderada por Venâncio Mondlane, da coligação Podemos, e Ossufo Momade, da Renamo, contestou os resultados preliminares, alegando fraude e irregularidades no processo eleitoral. Estas acusações surgiram logo durante a fase inicial da divulgação dos resultados, suscitando preocupações sobre a transparência do processo. Mondlane afirmou que a “divulgação dos resultados pela CNE não corresponde à realidade observada nas assembleias de voto”.

(diarioeconomico)

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