“Cantores da FRELIMO devem aparecer e defender o partido” – Ivo Mahel

Ivo Mahel desafia cantores que apoiaram a FRELIMO a defenderem o partido publicamente

Escrito por: Jeremias Gotine

O cantor moçambicano Ivo Mahel voltou a protagonizar declarações polémicas durante a sua participação no programa Batidas da TV Sucesso. Frustrado e decidido a falar “todas as verdades”, Mahel desafiou os artistas que fizeram campanha para a FRELIMO a aparecerem publicamente em defesa do partido neste momento de tensão política no país.

Mahel não poupou críticas ao silêncio de muitos cantores que, durante as eleições, estiveram envolvidos em campanhas para o partido no poder. Segundo ele, “todo cidadão tem o direito de ter um partido, mas quando chega a hora de o defender, tem de dar peito à bala”. Para o cantor, o apoio político não deve ser apenas em tempos de campanha, mas também quando há necessidade de responder às inquietações do povo.

O cantor reforçou que os artistas que apoiaram a FRELIMO precisam de assumir uma posição pública e enfrentar as consequências das suas escolhas políticas.

Além disso, Mahel recomendou que a população apoiasse artistas que, como ele próprio e o rapper Nikotina KF, estão alinhados com as manifestações e preocupações do povo. Para ele, é essencial que os músicos estejam próximos das causas sociais e assumam uma postura clara em momentos de crise.

As declarações de Ivo Mahel rapidamente se tornaram virais, dividindo opiniões nas redes sociais. Enquanto alguns elogiaram a sua coragem e frontalidade, outros consideraram o seu discurso demasiado confrontativo e controverso.

Curiosamente, o programa foi retirado das plataformas digitais da TV Sucesso logo após a transmissão, o que gerou especulações sobre censura e pressão externa. A remoção aumentou ainda mais a visibilidade das palavras de Mahel, que agora circulam amplamente pelas redes sociais.

O cantor conseguiu, mais uma vez, colocar o debate político e cultural no centro das atenções. A sua exigência para que os artistas “dêem a cara” promete prolongar a polémica e pressionar muitos a assumirem publicamente as suas posições.