Atentado contra candidato Presidencial Venâncio Mondlane causa alvoroço
Por: Delegação da CAD em Inhambane
Um polícia pertencente ao Comando Distrital de Zavala, Vila autárquica de Quissico, à paisana, de nome Hélder Cossa, com a categoria de guarda estagiário, colocou-se por detrás da linha de segurança do candidato Presidencial Venâncio Mondlane.
Este polícia ao longo da marcha ia empurrando o delegado Provincial que estava protegendo as costas de Venâncio Mondlane. O indiciado para além de empurrar o delegado ia chutando os pés do mesmo. O delegado perguntou vezes sem conta porque razão o estava empurrando e chutando em simultâneo. Hélder Cossa, o guarda estagiário, que depois se identificou como “polícia especial” respondia com ameaças, dizendo: não me faças perguntas. Não procure saber de nada.
O delegado notando que se tratava de uma atitude estranha sinalizou para a segurança privada de Venâncio Mondlane. Um dos seguranças aproximou-se discretamente e ia controlando os movimentos do guarda estagiário. A dado momento o Guarda estagiário, Hélder Cossa, tenta furar a barreira de segurança para se aproximar bruscamente do candidato.
Nesse exacto momento a segurança imobiliza o guarda estagiário e notam que trazia uma arma com 15 balas no carregador. A arma foi arrancada do indiciado e ficou na posse da delegação da CAD em Quissico. Ressaltar que o visado quando imobilizado e sentindo-se aflito grita com uma declaração suspeita: fui mandado para ser segurança do candidato!!!!!.
Estando a arma na posse da delegação, neutralizado o guarda que queria fazer o atentado, uma hora depois aparece um contigente da polícia com um superior hierárquico a pedir a devolução da arma. Venâncio Mondlane e parte do pessoal da segurança e da delegação, recusaram-se a entregar a arma no local da imobilização, tendo afirmado que o fariam no Comando Distrital ou na esquadra próxima. Venâncio Mondlane e a sua equipe que acompanhou o episódio se deslocaram ao Comando Distrital.
Foram recebidos pelo Comandante Distrital Ednaldo Ernesto Macule, que ouviu em detalhes o depoimento da delegação. O Comandante distrital faz um discurso “moralista” de que pede desculpas e que não entende que “emoção” terá acometido o jovem polícia. Venâncio Mondlane, notando que o Comandante só estava preocupado com a devolução da arma e não com a instauração de um auto de notícia.
VM fez questão de dizer ao Comandante distrital que o papel dele não era moral mas legal, pelo que devia abrir um inquérito sobre a matéria e dar a conhecer as conclusões publicamente.
Felizmente, momentos depois, chegou no Comando Distrital o procurador de Zavala, Tomás Jesus, sob instrução do Procurador Provincial, para averiguar e iniciar a instrução do processo.
Neste exacto momento, concluímos, na procuradoria, a prestação de declarações para a instrução do processo. Algo inusitado ocorreu momentos antes de entrarmos na Procuradoria: o polícia visado colocou-se em fuga sob cumplicidade do Comandante distrital e o Chefe das Operações.
Agora nós fizemos a estrada e estamos a caminho de mais um ponto de trabalho a favor do nosso precioso povo Moçambicano. Não Vamos recuar, nem sequer um milímetro.