Guyzelh Prod e ONE MILLION cancelam Réveillon e garantem devolução do dinheiro de bilhetes comprados

Cancelamento de eventos de fim de ano: Guyzelh Prod e ONE MILLION alinham

Escrito por: Jeremias Gotine

A tensão política em Moçambique continua a impactar diversos sectores da sociedade, e o entretenimento não foi excepção. Guyzelh Ramos, conhecido promotor de eventos e responsável pela Guyzelh Produções, anunciou o cancelamento do aguardado show da virada do ano. A decisão acompanha o apelo do político Venâncio Mondlane, que pediu o cancelamento de todas as festas de Natal e Réveillon em nome da busca pela verdade eleitoral.

No comunicado oficial, a Guyzelh Produções e a ONE MILLION lamentaram a decisão, mas destacaram que o momento exige solidariedade com os desafios enfrentados pelo país. O comunicado diz:
“A ONE MILLION e a Guyzelh Produções vêm com muita tristeza anunciar o cancelamento do evento previamente agendado, devido às circunstâncias actuais vividas no país. Lamentamos profundamente qualquer inconveniente que isso possa ter causado aos nossos estimados participantes.”

Os organizadores informaram ainda que os bilhetes adquiridos serão reembolsados nos pontos de venda originais. Apesar do cancelamento, Guyzelh Ramos aproveitou para anunciar o retorno de um dos eventos mais populares da sua produtora, o Blackout, agendado para 5 de abril de 2025.

Esta decisão gerou reacções mistas. Muitos internautas elogiaram Guyzelh por demonstrar sensibilidade ao momento que o país atravessa, enquanto outros criticaram o impacto do cancelamento em trabalhadores e empresários ligados à organização de eventos de fim de ano.

O líder político Venâncio Mondlane reforçou a necessidade de priorizar questões de justiça eleitoral em detrimento das festividades. Segundo ele, o foco deve estar nas manifestações pacíficas que exigem maior transparência no processo político moçambicano.

Com as festas de fim de ano comprometidas, a sociedade moçambicana permanece dividida entre os que apoiam a decisão em prol de uma causa maior e os que lamentam os prejuízos económicos para o sector de eventos e turismo. Resta saber como esta decisão afectará o clima socio-político nas semanas que antecedem a chegada de 2025.