Venâncio Mondlane “excluído” do Top 100 das Personalidades Negräș Mais Influentes da Lusofonia

Venâncio Mondlane fora da POWERLIST 100: Uma Exclusão Inesperada

Escrito por: Jeremias Gotine

O nome de Venâncio Mondlane, político e candidato presidencial em Moçambique, surpreendentemente, não figura entre as 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia na prestigiada POWERLIST, promovida pela revista Bantumen. Esta ausência tem provocado intensos debates nas redes sociais, considerando que Mondlane, conhecido como VM7, é uma das figuras públicas de maior destaque no país, marcando presença constante no panorama mediático e digital.

A POWERLIST 100, fruto de uma parceria entre a Bantumen e várias plataformas de comunicação dos países lusófonos, tem como objetivo celebrar a excelência e diversidade de pessoas negras que partilham a língua portuguesa. A lista destaca nomes de diferentes áreas, desde a cultura ao desporto, passando pela economia e o entretenimento, evidenciando a força e a multiplicidade da presença negra na Lusofonia.

Entre os moçambicanos reconhecidos este ano, estão Severino Nguenha, filósofo de renome; Lineu Candieiro, empresário e CEO do Grupo LIN; Picasso Negrão, promotor de eventos; Geny Catamo, jovem futebolista; Alcy Caluamba, actor e comediante; e Nilsa Carona, influencer na área da culinária. Estas personalidades são apenas alguns exemplos da riqueza de talentos que Moçambique exporta para o mundo.

A curadoria da lista é feita por jornalistas e produtores de conteúdo de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Portugal. Este coletivo colabora para assegurar que a seleção reflete a diversidade e a representatividade da Lusofonia, destacando tanto veteranos consolidados como novos talentos emergentes.

Embora a ausência de Venâncio Mondlane tenha gerado surpresa e comentários, há quem veja isso como uma oportunidade para reavaliar os critérios de seleção e os parâmetros de influência. Afinal, Mondlane tem sido uma das vozes mais activas e reconhecidas no debate político e social em Moçambique, utilizando plataformas digitais para mobilizar opiniões e fomentar discussões cruciais para o país.

Por outro lado, alguns defendem que a lista visa destacar outros tipos de contribuições além do activismo político e social, abrindo espaço para personalidades cujas influências impactam áreas culturais e económicas de forma igualmente significativa.

O tema promete continuar a gerar polémica, especialmente porque muitos esperavam ver Mondlane entre os escolhidos. No entanto, para os reconhecidos na lista, o destaque é merecido e coloca Moçambique em evidência no cenário lusófono.

A ausência de VM7 levanta questões sobre como definimos influência e o papel das personalidades públicas no avanço social e cultural. O impacto de Venâncio Mondlane na sociedade moçambicana é inegável, mas sua exclusão da lista mostra que, mesmo as figuras mais marcantes, podem ficar fora de grandes reconhecimentos.

Seja como for, a POWERLIST 100 continua a ser um espelho vibrante da criatividade e potência negra nos países lusófonos, e a discussão que gerou só reforça sua relevância no mundo contemporâneo.

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